terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Uma análise acertada de um comentador da TVI24, metas volantes e os 6 Mosqueteiros!

No rescaldo de mais uma jornada, estive particularmente atento ao programa Contragolpe, Domingo, na TVI24. O nome dos paineleiros, sinceramente, não sei. Apenas de excluir o Manuel Queiroz. De resto, Pedro Sousa, José Manuel Freitas e Rui Pedro Braz são analistas de enorme qualidade. 

O que me traz aqui é uma análise acertada de Rui Pedro Braz sobre o momento actual do Benfica. Muitos dizem que o Benfica actual é pragmático. O analista discordou ao dizer que o Benfica actual, ao contrário do do ano passado, não é pragmático mas sim "não dá mais". Atenção: Braz esclareceu que este não dar mais não é pejorativo, tem antes a ver com o actual plantel e com o menor número de soluções. O Benfica está com menor "arte" pois os intérpretes são em menor número e de menor qualidade. Nada mais correcto, creio.

Concordo com a análise feita pois, o pragmatismo seria uma decisão e uma opção consciente. O Benfica actual é pragmático, mas só na medida em que o tem de ser. As solução são menos. As contratações ainda não deram retorno desportivo (excepto Júlio César e Jonas, curiosamente em custo 0) e perdemos muita gente de valor. Por transferência e lesão. Do 11 tipo do ano passado só duram Maxi, Luisão e Gaitán.  Paralelo, só com o Benfica de 2005. Onde fomos campeões com a fórmula o Benfica marcava e entrava Aguiar para segurar o resultado. Isso sim era pragmatismo, mas por obrigação também. Trap tinha aquele 11 e dali não mexia, pois sabia que não podia mexer. Jesus está enclausurado no mesmo. Não tem muito por onde se virar. A verdade é essa! Temos 13/14 jogadores de qualidade e os demais são incógnitas. E Jesus tem feito com mestria a gestão desses parcos recursos pois tem-se reinventado e reinventado a equipa. E o pragmatismo que tantos falam não é bem assim. É antes um Benfica mais curto. E que dependem em larga escala da mestria de Jesus em impor a ideia de jogo no lugar das individualidades. 

A chave do sucesso está aí: se Jesus conseguir por os Manéis a trabalhar em conjunto e se dobrarmos a 1ª volta, a 1ª meta-volante, com 6 pontos de avanço, seremos campeões. 

Atenção: nem só de Manéis vive o Benfica! Temos um esqueleto de enorme qualidade, do qual dependemos. E um esqueleto melhor que o de 2005! A meu ver: Júlio César, Maxi, Luisão, Gaitán, Salvio e Jonas. Se não perdermos nenhum destes jogadores, por transferência ou lesão (Salvio regressa já no início de Fevereiro), se estes 6 mosqueteiros cumprirem a 2ª volta e se passarmos a meta-volante com 6 pontos, os demais Manéis chegam perfeitamente, pois também ali existe qualidade. Entre os jogadores que não se impuseram a 100%, acredito muito em Cristante e Ola John, e os miúdos como Teixeira, Fonte e Talisca (que ainda é um projecto também), há muita matéria manelística para dar num 11 forte.

A 2ª meta volante será o último terço de campeonato. As últimas 11 jornadas. E aí os Manéis já terão de ser juntado mosqueteiros para aguentar o balanço. Mas para já, Rui Pedro Braz está, goste-se ou não, coberto de razão: o actual Benfica é curto para se exigir outra qualidade. E enquanto for assim, MST terá de se aguentar à azia do Benfica não jogar nadinha, como escreve hoje n'A Bola...

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