terça-feira, 25 de novembro de 2014

Do sistema judicial ou a Fábula do Sapo e do Escorpião

Um dos principais fundamentos de um bom sistema judicial é a crença e a evidência de que os outrora criminosos se tornam novamente úteis para a sociedade. Aliás, a reabilitação é algo que nos deve impressionar, sobretudo quando falamos em alguém responsável por tanto malefício ao futebol.
"O presidente do Porto e o do Benfica têm dado um exemplo de que quando é necessário trabalhar, dialogar, discutir e chegar a um consenso são capazes."- PdC
Mas melhor que um sistema judicial que reabilita gangsters, é termos uma capacidade que nos eleva acima de meros humanos: a capacidade de perdoar a quem nos faz tanto mal. E afinal com Jesus no banco...

Por fim, uma fábula. Leiam, pois uma fábula é uma alegoria que nos ensina muito!!
Era uma vez um escorpião desejoso de praticar o bem. Como não era bem visto pela comunidade local, resolveu ir viver do outro lado do rio. Lá, poderia exercitar seu altruísmo sem desconfianças.
Mas ele não sabia nadar e precisava atravessar de uma margem para a outra. E a sua espécie ainda não havia acumulado o conhecimento náutico suficiente para construir um barco viável para fazer a travessia.
Então resolve pedir boleia nas costas de um sapo. Vai lá conversar com ele para expor seu pleito.
O sapo ouve atentamente e declara:
- Senhor escorpião, não posso dar-lhe boleia em minhas costas porque durante a travessia o senhor vai me ferroar.
O escorpião, leitor assíduo de Aristóteles e de São Tomás de Aquino, replica imediatamente:
- Senhor sapo, eu jamais o ferroaria na travessia, pois ao fazê-lo, o senhor afundaria e eu morreria afogado. Posto isto, o sapo reviu sua opinião e resolveu dar a boleia!
Porém, em dado momento da travessia, o sapo sentiu penetrar profundamente o agulhão na carne.
E, já se debatendo, ainda teve tempo de perplexamente perguntar ao escorpião:
- Mas por quê?
E, antes da submersão, ouviu a seguinte resposta escorpiónica:
- É algo acima de mim, fora de meu controle, é de minha natureza!

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