sábado, 23 de maio de 2015

A despedida a Artur

O brasileiro passou 4 épocas na Luz. Teve altos e baixos. Curiosamente, os seus altos foram quando pouco ou nada ganhámos, ao invés de duas primeiras épocas em bom plano. Como esquecer aquela defesa fantástica na final de 2013 a remate de Frank Lampard?! Em 2014, viu-se relegado a meio da época por um surpreendentemente seguro Jan Oblak e em 2015 veio o experiente e traquejado Júlio César. Uma pré-época miserável precipitaram a aquisição rápida de um "goleiro", já que Artur não oferecia garantias. Ainda assim foram 144 jogos ao serviço do Benfica, número que não pode ser desprezado e participação activa no back2back, com o "Rei" a estar bem quando foi preciso substituir o "Imperador". Outro momento alto foi a conquista da Supertaça com o Rio Ave. Depois de um jogo deplorável, Artur redimiu-se nos penalties e o Benfica venceu o troféu.

Devo dizer que o guardião não irá deixar saudades. Apesar do bom que fez, Artur Moraes nunca pareceu ter estrutura mental para ser titular absoluto numa equipa como a do Benfica. Saiu do Brasil "já" com 26 anos (Júlio com 25) para jogar em clubes menores em Itália. Não vingou na Roma em 2 épocas e no Braga só passou a ser titular com a saída de Felipe. Sintomático... No Benfica, apesar de ter feito um excelente 2011/12 e um bonzinho 2012/13, a partir foi sempre a descer. A qualidade está lá, mas é isso só por si não chega, falta "cabeça". A pré-época deste ano mostrou isso, frangos sucessivos, falhanços constantes e arrepios de cada vez que a bola ia à nossa baliza. Por isso Oblak jogou as finais todas! Quando chegou a vez de Artur, na Supertaça, foi uma aflição. Total! Lá está, participou no bi, em 26 jogos em 64 possíveis e estes números mostram claramente que ele ajudou e muito. 

Na última jornada, desejo três coisas: no mínimo, um empate (para não acabarmos com os mesmos pontos que o Porto); que Paulo Lopes se sagre campeão (que bem merece) e que Artur se despeça dos adeptos no relvado e que seja substituído para que leve a devida vénia, merecida a quem fez cerca de centena e meia de jogos pelo clube, ganhou títulos e cujo ciclo evidentemente termina. Para a Taça da Liga não se JJ não deveria usar o mesmo critério do ano passado...

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