segunda-feira, 9 de março de 2015

Reflexões sobre Arouca: de Júlio César a Lima, mas também do nosso espírito...

Júlio César- Fez bem JJ em atribuir a baliza a Júlio César. Este facto pode ser motivo de análise (em vez de alguns patetas que dizem que o treinador decidiu porque é ele quem manda e acabou. Devem ser também uns carneirinhos na vida profissional), mas a meu ver o ex-titular do Escrete, além de ser muito melhor que Artur Moraes, é o dono indiscutível da baliza. E num clube como o Benfica nesse posto não pode haver dúvidas, tem que haver uma hierarquia. E nela, Júlio César tem de, indubitavelmente, ser o nº 1. Independentemente de Artur ter-se portado bem nos últimos jogos. 
Lima- Já vão 12 golos. Finalmente o goleador está de regresso de vez. No primeiro terço da Liga não percebia porque JJ não abria mão do brasileiro. E continuo sem entender. Muitos diziam: "ah e tal ele trabalha, por isso tem que ser titular". Bom, trabalhar ele tem que trabalhar sempre! Mas sobretudo marcar golos. O que preferiam? Que ele trabalhasse muito e golos, 0 ou trabalhar pouco e um golito por jogo? Na posição dele, não tenho dúvidas, venha o golo! E hoje? Ele não trabalha? Claro que sim! Mas faz o seu trabalho: marcar golos em barda! E vão 12. Com a ausência de Jackson Martinez, Lima tem umas 3/4 jornadas para se colocar dentro da corrida ao prémio de rei dos goleadores. 
Jonas- É o meu jogador favorito do Benfica actual! Para a Liga, 9 golos e um nível extraordinário de jogo. Mesmo quando não marca, faz a diferença, pela qualidade que coloca em campo. 

O jogo de Arouca é o espelho do estado actual do espírito do Benfica. À imagem do jogo do Moreirense ou de Alvalade. Muito coração e, às vezes, pouco discernimento. E pouco realismo em largas fases do jogo. Jogar depois do FC Porto faz-nos isto. Estamos à espera de um escorregão deles e quando não acontece, ficamos nervosos... Entre os adeptos, passa-se o mesmo. Armamos a couraça em fortes, mas na realidade tememos que os 4 pontos se desvaneçam numa parva escorregadela. Como em Paços de Ferreira!  
Temos um Benfica forte. Com um 11 de qualidade e capaz de revalidar o título, mas temos um FCP também muito forte e com inúmeras soluções. Mas não estamos a conseguir aceitar que os nossos rivais têm mais soluções que nós e que um rombo de lesões no 11, neste momento, pode ser a nossa morte. E quando esperamos que eles caiam, eles apresentam soluções para irem torneando as dificuldades. Nós vamos ripostando. Vamos mostrando carácter. Mas admitamos, com alguns nervos. Não por falta de qualidade, porque essa ficou bem patente no jogo com o Estoril, por exemplo, mas porque temos a cabeça com fantasmas. Os da época de 2013, por exemplo. E isso toldou o jogo de Paços de Ferreira. Hoje tínhamos de ter 7 pontos de avanço. Não temos porque não temos nervos de aço. E se quisermos ser campeões temos de ter esses nervos e chegar ao Benfica x Porto com esta preciosa almofadinha... 

1 comentários:

Anónimo disse...

epa la vem a treta dos fantasmas e dos nervos de aço... tínhamos que ter 7 pontos de avanço porquê? os adversario contam. fazem coisas. lutam, correm, montam estrategias. o porto perdeu mais 4 pontos que nos é que tem nervos de aço?

merito dos adversarios. e as nossas limitacoes, com ou sem nervos. com um plantel que nao vale metade do de ha um ano, temos mais um ponto a jornada 24... sim, temos que ganhar todos os jogos ate ao classico. porque a nos ninguem oferece nada de mao beijada. o porto nao foi jogar a um ervado em arouca cheio de areia. o porto na pedreira nao levou um arraial de porrada permitida pelo arbitro. etc, etc, etc.

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