quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Chiça... Que ninguém discute um cadinho de bola?!

Bom, após as faixas, os cortes de relações e vídeos de polémicas, a blogosfera continua a falar nisso. Até eu caí na esparrela de mandar umas postas de pescada sobre o assunto. É que à imagem dos programas desportivos de 2ª-feira à noite, eu juntei-me à horda de gente que pensa que vai debitar uma verdade ou uma visão que ainda ninguém teve. No entanto andamos (e eu também) na discussão sobre bola. Não é futebol, porque sobre futebol a sério poucos sabem. Muitos pensam saber. Eu é mais bola. 

Desde bem puto que acompanho o Benfica. A memória mais antiga? A final da Taça dos Clubes Campeões Europeus em 1988. Em casa, com o meu pai e amigos dele. Daí para a frente, era um choro "desabrido" cada vez que o Benfica não ganhava! Em 1993, o meu primeiro Caderno d'A Bola. Daí para cá, não falhei ano nenhum. Desde os meus 12/13 anos um passatempo: projectar plantéis e tácticas para o Benfica em qualquer caderno que me vinha às mãos. Ainda hoje o faço. Não resisto... Por isso, eu gosto mesmo é de bola. Sem tretas e sem chavões neo-modernos... Não preciso, consigo entender o que é o "bloco", as "linhas muito juntas", etc, etc. Não sei se já repararam, mas Jesus ou Mourinho nunca usam estes termos?!   

Então falando de bola: nos meus desenhos de caderno, escrevi o nome de Samaris como parte integrante do nosso plantel. É um jogador forte fisicamente, com bons pés e com passada larga. É o típico jogador grego: range o dente a jogar. Daí ter gostado dos gregos que passaram pelo Benfica, Katsouranis, Karagounis e Fyssas. Todos de sangue na guelra e com qualidade. Até Machairidis, que era fraquito, era raçudo. Mas não é um 6. Muitos dizem que está a evoluir. Mas chegados à 21ª jornada o que é facto é que o grego, titular indiscutível desde que chegou, ainda não é o trinco que deveria ser. E é disso que não gosto. A nível comparativo, o nº 6 de Porto, Casemiro, e Sporting, William, são mais fortes. No entanto, a dinâmica e talento do resto da equipa fazem a diferença. Outro facto importante: Andreas Samaris com o talento que tem, tem disfarçado bem. Inclusive tem feito alguns jogos de nível. Com um 1,90, a sua estampa permite muita coisa.

Em Moreira de Cónegos, quem jogará a 6? Essa é a incógnita. Amorim? Almeida? Cristante? É curioso: nenhum dos 4 jogadores focados é um trinco de raiz! Isto é demonstrativo de algum mau planeamento... Mas qualquer um deles pode jogar bem ali. Concordo quando se diz que é cedo para Rúben Amorim entrar a titular. Ainda para mais fora, num jogo difícil e num campo mais pequeno. Mais uns minutos e para semana, sim! Gosto muito de Cristante. Joga com o radar nos olhos e faz variações de flanco como ninguém! Mas ainda é jovem. Acho que o homem tem de ser André Almeida. É tecnicamente o menos evoluído, é o que tem menos potencial. Mas é polivalente, é muito competente e tacticamente muitíssimo disciplinado. Por isso dá impressão de nunca jogar mal. E é do que o Benfica precisa... É talvez o sucessor de Amorim (5 anos mais novo). Apesar do nosso 5 ser um jogador mais fino e tecnicamente melhor, ambos partilham polivalência, eficácia/eficiência e disciplina táctica. Neste momento, Almeida deve jogar porque fisicamente está melhor, pois a lesão de Amorim foi muito traumatizante e o ritmo ainda não será o desejável. 

Ao lado de Almeida? Pizzi. O transmontano deslumbrou ante o Leverkusen e daí para cá tem sido sempre a subir ao nível exibicional. E se com Talisca o meio campo fica muito desprotegido, com Pizzi, graças à alta rotatividade que ele coloca em campo, aliado à eficácia no passe, o Benfica fica melhor!

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