Uma reflexão rápida sobre a problemática da questão do nº de títulos

A propósito de quem tem o maior número de títulos em Portugal, deixo a seguinte reflexão:

 

Se não deixa de ser verdade que há questão moral da coisa, também há a discussão se Taça Latina conta como título europeu ou se a Taça Toyota aka Taça Intercontinental contam. Ou até mesmo a Supertaça, que muitos benfiquistas não contabilizam como troféu, por ser só um jogo, mas muitos esquecem que esta competição nem sempre foi oficial, chegando a ser apenas oficiosa. Ou seja, há de tudo e para tudo.

Agora o cerne da reflexão. Esta discussão só tem relevância agora. E é isso que deve preocupar os benfiquistas. Há uns 15 anos atrás, isso não tinha importância nenhuma, pois independentemente das contas que se fizessem, o SPORT LISBOA e BENFICA estava sempre na frente. Pouco interessava a contabilização: títulos nacionais, internacionais, contassem ou não estes ou aqueles troféus. Descer a esta discussão é que nos deve preocupar, como sinal do poderio desaparecido, goste-se ou não de admitir a realidade. Façamos ou não considerandos sobre fruta ou não. Até porque no momento, o Benfica está ao "lado" do actual sistema, ajudando-o a ser implantado.

Por isso, discutir "peeners" com portistas é um péssimo sinal. Ir buscar esta ou aquela taça é sinal de "esgatanhar" no fundo do barril para provarmos o que quer que seja. Honestamente, nunca fui habituado a isso: o Benfica era o maior/melhor/mais titulado em tudo, ponto final e sem margem para discussão. Hoje não é bem assim. E não sei que custa mais: admitir tal facto ou discutir tacinhas com portistas.

Acreditem ou não: o caminho é a hegemonia. Mas a nossa. Não é certamente inventar que quebrámos a hegemonia do FCP no século XXI, só porque ganhámos em 2014 e disputámos os títulos até ao fim. Balelas de uma outra discussão sem nexo e que mostra o sinal dos tempos.

O caminho: trabalho para reconquistar o nosso lugar.