segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

O Benfica da Madeira com Jesus, mais uma vez, a desafiar a lógica. (ou o factor J)

Se há coisa em que Jesus se especializou é no desafio pela lógica. Seja na tentativa de fazer de Melgarejo ou Yannick laterais competentes ou na aposta em Enzo Pérez e Nemanja Matic. Mas não é só aqui em que o técnico desafia o... normal. É na maneira como joga o Benfica! E este é o melhor Benfica da época!

Há uns tempos atrás, muitos adeptos apregoavam que este era um Benfica pragmático! Era o Benfica do 1-0 e chega. Não era preciso nota artística. O que era preciso era ganhar. Mesmo sem Enzo. E muitos aplaudiam este novo Benfica. Eu, neste espaço, havia ido noutra direcção. Era um Benfica algo curto para se poder apostar noutro tipo de jogo. Só que de há uns 3 jogos para cá, Jesus "calou" muita gente. Eu mantenho o que disse. Só que com uma nuance. Este Benfica está mais folgado. Foi algo que me esqueci: sem Taça e sem Europa, há mais descanso. Mas pode-se dizer que o técnico calou muitos que se apressaram a "matar" a nota artística. Inclusive eu. Se bem que há muitos que não se vão calar. São aqueles que dantes diziam que o pragmatismo é que era bom, mas agora dizem que bom, bom é este rolo compressor. Adiante...

O que mudou? Há quem aponte, imagine-se o ridículo, a saída de Enzo. Não duvidem: o Benfica seria melhor com o argentino. Eu aponto mais "folga" e mais opções: Pizzi a contar para Totobola, os regressos de Sílvio, Sulejmani e Salvio, Eliseu também está de volta (jogador que acho, de longe, o mais fraco do 11) e a subida de rendimento de alguns jogadores como Ola John e Cristante e que agora podem ser opção. Mas aponto outra coisa que Jesus disse e que ninguém ligou bilhete. Quando muitos apontavam pragmatismo como o caminho, Jesus há uns 7/8 dias disse algo de muito interessante: há espaço para crescer. Para melhorar. Isto foi um sinal, creio, que o próprio técnico talvez não estivesse bem satisfeito com os pragmáticos resultados. Mais: não seria no 6º ano de Benfica que Jesus mudaria de "artístico" para "pragmático". É que sabemos da flexibilidade dele...

Jesus, nos últimos 3 jogos, deu-nos o melhor Benfica da temporada. Será sempre um Benfica mais fraco que o do ano passado. Perdemos muitos e bons. Mas é um Benfica com identidade similar. Que joga da mesma maneira, sem pragmatismo. A diferença? A menor carburação inicial e a menor qualidade de alguns jogadores. Jardel é mais fraco que Garay, Eliseu é mais fraco que Siqueira, Samaris é (até aqui) mais fraco que Matic e Amorim, Enzo do ano passado era melhor que este Enzo e que Talisca (ou Pizzi). E não ter Markovic, Rodrigo e Cardozo faz muita diferença. Mas há um outro factor: o factor J. De Jesus, claro! Mas o de Júlio (César) e de Jonas. É interessante verificar isso: os reforços de peso são os "velhotes", que têm sido o sustentáculo do melhor Benfica. Mais a subida de forma de outro cota: Lima. 

É este o desafio de Jesus à lógica: sem Enzo esperava-se um Benfica mais fraco. Legitimamente! Vendê-lo agora é má política? Sim! Mas admitamos que o treinador insiste em fazer suaves milagres e colocar um ponto final no pragmatismo, colocando o Benfica em estado de arraso novamente. O que faltava? Afinações. E como se tem visto, 3 jogos com uma enxurrada de golos já começa a ser uma tendência!

Off topic: Vamos ter descanso do choro desalmado de Lopetegui?! A bem da verdade diga-se que o "meu" programa de Domingo "botou faladura". No Prolongamento, Eládio Paramés e José Manuel Freitas, perante o chorão Manuel Queiróz, sublinharam o triste jogo de Penafiel... 

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